terça-feira, 2 de outubro de 2007

Reportagem da sensei Pollyanna vejam >>>>>>>


Reportagem de sensei Pollyanna(presidenta da associação de karate cidade sem limites ) publicada no ultimo dia 30/09/2007 (domingo) pelo jornal Bom dia !!!




Um golpe de sucesso
Pelo caratê, Pollyanna calçou até as sapatilhas do balé; hoje, o esporte presenteia a professora e lutadora com títulos, alunos, alegria e o amor do maridão e do filho
Durante sua infância, por cinco anos, Pollyanna do Prado Tavares Teixeira, hoje com 26 anos, encarou as sapatilhas do balé e outras danças também, como jazz e sapateado. Rotina normal para uma menina de 8, 9 anos.Normal, se Pollyanna não detestasse fazer balé e as tais outras danças.Mas, então, por que ela fazia? Simples: a dança era uma moeda de troca com a mãe, que não aceitava que Pollyanna se dedicasse à sua verdadeira paixão – o caratê. “Eu tenho dois irmãos e meu pai os colocou para treinar caratê. Vi os dois lutando e quis praticar também”, diverte-se Pollyanna.A preocupação da mãe até se justifica: afinal, naquela época, eram poucas as meninas treinando e competindo – e, mesmo assim, as competições eram mistas, ou seja, as mulheres disputavam lutas com os homens. Contudo, quem disse que esse quadro assustava a pequena Pollyanna? Hoje, a faixa preta completa 18 anos no esporte, ostenta títulos brasileiros, é a técnica bauruense da modalidade para Jogos Regionais e leva a arte marcial para adultos, jovens e crianças.


Briguenta

Difícil encontrar Pollyanna: ela tem vários horários de treinos, dá aulas em diversas escolas... O caratê ocupa grande parte de seus horários.Mas isso também nunca foi problema para a lutadora. Afinal, quando pequena, ela revela que fazia mil atividades ao mesmo tempo. “Na escola, participava do time de futebol , vôlei, basquete... Na fanfarra, lá estava eu também”, ri Pollyanna.Ao encontrar o caratê, ela descobriu não só sua grande vocação (que a fez desistir, por exemplo, de ser dentista), mas também seu ponto de equilíbrio. Tudo porque, acredite, Pollyanna era muito briguenta quando criança. “Eu era terrível [risos]. Vivia me metendo em confusão... Mas o caratê me ensinou disciplina, me tornou mais serena e calma, foi muito importante para a minha vida”, afirma. Segundo a hoje professora, aquela “agressividade” da infância acabou canalizada para os treinos no centro comunitário do Jardim Redentor.



Apoio

Pollyanna viajava muito para ver os irmãos competirem – ela mesmo competia pouco, já que os campeonatos era mistos e aumentavam demais a preocupação dos pais. “Participava mais de festivais internos da escola de caratê”, revela.Contudo, em 1999, começaram a surgir as primeiras competições essencialmente femininas. Quando isso aconteceu, a lutadora entrou com tudo e começou rapidamente a colecionar títulos – tanto que conseguiu até patrocínio... em Americana. “Tinha que viajar toda semana, era bem complicado”, revela.À época, o apoio da administração municipal até foi prometido, na forma de uma bolsa de estudo numa faculdade particular. Doce ilusão. “Levei um tombo. Continuo pagando a faculdade até hoje”, confessa Pollyanna.Mas esses obstáculos não foram suficientes para desanimar a professora. Mesmo sem apoio, ela montou um projeto social no Geisel e, como voluntária, passou a ensinar os golpes e conceitos do caratê à comunidade carente do bairro. Pollyanna também criou a Associação de Caratê Cidade sem Limites, para que seus atletas pudessem participar de competições no esporte.A recompensa, porém, veio a seu tempo: durante a atual administração, o projeto social tornou-se oficial aos olhos da Semel (Secretaria Municipal de Esportes e Lazer), Pollyanna é agora funcionária da prefeitura e sua equipe pode contar com o apoio da administração. “Olho para os últimos quatro anos e vejo o que conquistei... Tudo é motivo de muito orgulho pra mim”, diz.



Famílias

Reconhecimento, títulos, celebração das vitórias... Tudo isso fica para depois na lista de conquistas que o caratê trouxe para Pollyanna.Para ela, o que a deixa mais orgulhosa do rumo que escolheu para sua vida são as famílias que conquistou nessa jornada com o esporte.Sim, famílias.Primeiro, a oficial. Aos 12 anos, Pollyanna conheceu Fabiano, seu primeiro namorado – e homem da sua vida. Eles estão casados e a professora, com tamanha paixão e dedicação ao caratê, não teve dificuldades para trazer o maridão para as artes marciais. “Ele sempre dizia que era velho para começar, já que eu comecei com 8 anos. Hoje, ele treina sempre comigo”, revela.Dessa união, nasceu Heitor, 2 anos, que já é veterano em competições – sempre acompanha a mãe nos campeonatos, com direito a quimono e tudo. “Ele é minha vida”, resume.Depois, vem a família “adotada”: os diversos alunos que Pollyanna tem, seja na escolinha da Semel ou nas escolas onde ministra aulas. “Você acaba participando da vida pessoal do aluno, tem mãe que me liga falando que tal criança não quer estudar para a prova”, revela. Ao mesmo tempo que ela se orgulha de receber o carinho dos pupilos, também sabe da responsabilidade que é ser um exemplo para eles. “Quando vou competir, faço um penteado diferente. No outro dia, todas as meninas estão com um penteado igual. Não dá pra negar, acabo sendo um exemplo. Por isso, me preocupo com a mensagem que passou a meus alunos.”



Mais

Hoje, Pollyanna confirma que há mais apoio para o caratê – mas sabe que ainda é pouco perto do que é exigido. “O caratê é um esporte caro por causa dos quimonos, dos exames de faixa, da inscrição para as competições...”, explica.Por isso mesmo, ela comemora os ótimos resultados colhidos com sua equipe – se tivesse patrocínio, sete atletas seus poderiam disputar o mundial da modalidade na Itália este ano. “Por causa do custo, preferimos disputar mais um campeonato brasileiro.”Mas Pollyanna não desiste. Se despede da conversa, sabendo que tem mais um longo dia de trabalho pelo dia. Serão muitos golpes a ensinar – todos de sucesso.



Títulos

Como atleta, Pollyanna conquistou nada menos do que 6 títulos brasileiros, um mundial (no estilo kata) e ficou com um 3º lugar (após o nascimento do filho). E ela só começou a competir a partir de 1999!



Participar

Quer conhecer o trabalho de Pollyanna, participar das aulas ou mesmo se interessou em ajudar a modalidade? Entre em contato com a professora pelo telefone (14) 3016-3710.No



quimono

• Nome: Pollyanna do Prado Tavares Teixeira

• Idade: 26 anos

• Data de nascimento: 9 de julho de 1981, em Belo Horizonte (MG)

• Em Bauru desde: os 8 anos

• Signo: Câncer (“Acho que meu signo diz muito da minha personalidade”)• Paixões: duas. “Meu marido e meu filho”

• Filme: “De repente 30”. “Às vezes, me sinto meio criançona [risos]”
• Música: rock and roll• Emoção mais forte: o nascimento do filho

• Sonho a realizar: “Acompanhar o crescimento do meu filho e o sucesso dos meus atletas”

Um comentário:

doidera disse...

sensei oh site esta legal